Fuxico...

Palavra de origem popular e muito comum pelas bandas de cá do Nordeste. Diz a lenda que mulheres no interior encostavam tamburetes no batente de casa para costurar e falar da vida alheia. Pronto, nascia ali o danado do fuxico: ato de falar do povo, fofocar e não raramente aumentar ou adornar histórias da vida real, entre outros sinônimos. E detalhe: o danado do fuxico é verbo e pode sim ser conjugado. Eu fuxico, tu fuxicas, ele fuxica... Nós fuxicamos. E quem não fuxica? Aqui no blog eu assumo a posição de "fuxiqueira". Mas que fique claro: a intenção não é nem de longe futricar a vida dos outros. A ideia é contar causos do meu universo particular, que, por vezes, rendem boas risadas e outras provocam reflexão. Lembrando que qualquer mote pode render uma boa história. Atendendo à pedidos de amigos queridos, agora sou "fuxiqueira" oficializada pelas ondas da web. Eita! Pegue aí seu tamburete que o fuxico já vai começar!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Achei Hilda! E acho que me identifiquei...


Falei que eu ia endoidar procurando mais coisinhas sobre pin ups? Minha gente... encontrei cada uma mais linda que a outra. Tem pin up pra todos os gostos (e desejos, rá!). Achei também modelos que foram ícones do estilo, como Betti Page (próximo texto vai ser sobre ela). Mas depois de ver tantas garotas esguias, de cintura de pilão, em poses insinuantes, em saltos lindos e elegantes, fiquei imaginando se não havia alguma gordinha na lista das mais sexys no melhor estilo pin up. Eu estava certa: achei Hilda! Uma ruivinha cheia de carne e que esbanja charme. Em cenas bem humoradas, a danada é retratada em ambientes bem bucólicos, cercada pela simplicidade, inclusive das vestimentas. Hilda é criação de Duane Bryers, um norte-americano de Michigan. Cascavilhei muita coisa a respeito da criatura e do criador, cheguei a comparar os desenhos e nada nem niguém tira da minha cabeça de que a ideia do nobre senhor foi genial! Hilda é simplesmente a personificação da sensualidade fugindo do comum.
 
Porém, muito mais que engraçada, Hilda é uma crítica inteligente que vai de encontro à estética padrão ditada pelos espartilhos (nada contra, continuo achando liiindooo) e lingeries provocantes em mulheres que povoavam a imaginação de muitos ainda hoje. Para Duane a mulher real vai além daqueles corpos fininhos esculturais, muito embora a proposta das pin ups fosse mexer com a imaginação dos marmajos de plantão. Hilda desconstrói de uma maneira muito sutil e delicada o conceito padrão de mulher sensual e o artista ousa ao traçar formas mais robustas em flagras bem diferentes do comum. Mas que fique claro, apesar de ser clichê esse papo de estética corporal, essa é apenas umas das muitas análises que o universo pin up é capaz de provocar. Hilda é um instrumento perfect pra isso!

Adoro esse desenho!
Sim! Eu já tomei banho de cuia!

Quem disse que gordinha não pode ser sensual? Não só pode como deve (eu que o diga!). Hilda usa biquíne, shortinhos e não raramente aparece semi nua tomando banho, por exemplo. De carinha meiga ela aspira ser toda atrapalhada e inocente. Mas cá pra nós: ela tá mais pra gostosona um pouco acima do peso que pra gordinha... Gordinha sou e ainda assim sou atrevida (avalie se eu não fosse! viji!!)! Está certíssima, Hilda! Arrasa, gata!  
Olha a Hilda aiiiii genteeeee....!

Acima: Meu desenho favorito...
Isso é que é bom humor!!
Acima: acho Hilda nesse desenho
sexy pra cacimba!


 


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Sensuais e inocentes...


Ops!!
 Tem gente que acha isso um tanto sem graça. Mas muito sinceramente? Eu me amarro nas coisinhas de época com aquele ar retrô dos anos 40 e 50 e dedico especial atenção às  pin ups: garotas penduradas! Algumas palavras acabam norteando a simbologia daqueles encartes de cigarro e produtos de eletrodomésticos da época: elas beiravam o "ops! minha calcinha apareceu sem querer...". Sensuais e inocentes. Resumidamente era bem essa a proposta delas e tinham em Marylin Monroe um de seus símbolos. Ela cantando parabéns pra John Kennedy, quem não lembra da cena apesar de ter acontecido há décadas atrás? Imortalizada a "cantada" da atriz norte-americana e princesa dos olhos de muitos militares em plena segunda guerra mundial pelas TVs mundo à fora. Aliás, as pin ups eram sonho de consumo dos fardados e daí o nome garotas penduradas. Eles penduravam nas paredes e armários fotos, desenhos e encartes das beldades sexys que marcaram a época.

Completamente diferente das mulheres de 30 do século XXI, as pin ups só tinham a obrigação de serem gostosas de seios fartos e empinados (nada que o silicone não resolva nos tempos de hoje!), cintura pra lá de marcada e finéeeerrimaaaaa, pernas bem torneadas e sempre à mostra. No quesito maquiagem valia uma boca bem carnuda de batom vermelho e em quase todos os desenhos e fotos elas estão com a boquinha entreaberta, sorrindo ou fazendo biquinho. Quer mais sensual que isso? Bom, elas também arrasam no olhar pra lá de malicioso e nos modelitos! Ahhhh os modelitos! Alguns bem simples, outros sensuais e alguns beirando o fetiche, como no caso da roupinha de enfermeira (Aninha, isso não é apologia não, juro!!) e de marinheira. Mas elas não soavam ser vulgares, pelo menos não pra o ano de 2011! Um linha tênue entre o casual chique e as cintas-liga que dão um toque apimentado à imaginação de muitos as separam da vulgaridade. Tudo isso misturado a doses cavalares de feminilidade, sempre. Essa talvez seja a diferença básica entre ser sensual e vulgar. É... talvez seja uma explicação para o tema... rs! As pin ups abusavam dos detalhes e confesso que fiquei louquinha com a quantidade de informações que encontrei. Outra coisa: as unhas sempre bem feitas, por certo não lavavam louça!


Eu em casa colocando o
garrafão de água! Rá!!

As pin ups são originalmente norte-americanas e surgiram a partir de desenhos que depois foram copiadas por modelos e atrizes no melhor estilo fatal! O fato é que as pin ups ditaram moda e mais que isso, ditaram comportamento. Vestir-se como uma pin up era, no mínimo, uma afronta ao conservadorismo. Porque até então mulher era sinônimo de recato, palavra que nada tinha a ver com a postura adotada pelas danadinhas metidas em espartilhos e saltos altos nos encartes publicitários. Elas aspirarvam liberdade e eram facilmente associadas a alguém que estava  à frente do seu tempo, mulheres de vanguarda por assim dizer. A atriz Betty Grable e a modelo Bettie Page também encarnaram a pin up e arrasavam! Page não demorou muito e cansou de bancar a "inocente": passou a fotografar nua mesmo (a bicha continuou arrasando!). Os temas dos desenhos varivam de acordo com as temáticas: de donas de casas, passando por cenários praianos como nos filmes de Elvis Presley e chegando até a gracinha da Betty Boop (adoro aquela figurinha!!) retratando sempre situações cotidianas em fotos casuais. Tem de um tudo e elas ainda inspiram as pin up contemporâneas, como as cantoras Pitty e a Emy Winehouse (in memorian...).


Ratifico: fiquei doidinha com tudo que encontrei sobre o assunto que foi motivado por uma ida a uma lanchonete de nome idêntico: Pin Up (comi horrores!). Tão empolgada fiquei que muito seriamente estou pensando no carnaval do próximo ano. Claro... linda, provavelmente ainda gordinha, porém sexy e inocente no melhor estilo pin up! Já uma pessoinha queridérrima que estava comigo na lanchonete disse que a sua fantasia de pin up tava mais pra hamburguer! Rá!! Continuo empolgada... em breve outros textos com detalhes sobre as ninfas de ar inocente. Adorei esse universo retrô.
 



Marylin Monroe

Betty Grable

Bettie Page




Quantos pesos você tem?


Lá pelas tantas de ontem à noite mainha pediu que fosse com ela à farmácia. O final de semana foi arretado, mas uma garotinha de uns seis anos fechou o meu domingo com chave de ouro! Aquela máxima de que "menino é fogo" se aplica em número, gênero e grau à danadinha, que ficou impressionada com os quilos que ela tem no auge da infância. Aonde se aplica a máxima "menino é fogo"? Quando ela insistentemente pediu pros pais também subirem na balaça (momentos de tensão). Ela estava louca pra saber quantos "pesos" (na liguagem dela) os pais tinham.

- Paiiiiii, eu tenho 20 pesos!! Sobe na balança que eu quero ver você quantos pesos você tem!!

E eu na fila com mainha pensando  com meus botões: "tu ainda vais chegar aos 30 danada". A bichinha insistiu tanto que o pai acabou rendendo-se aos apelos dos "quantos pesos você tem". A mãe, com cara de pouquíssios amigos, só mandava um rabo de olho com um medo estratosférico de ser a próxima. Mas não adiantava ter medo, ela certamente não escaparia... rá!!

- Mãeeeee, painho tem 24 pesooooossssss!

Nesse momento ri levemente por dois motivos. Motivo 1: ele jamais teria somente aquele peso. Motivo 2: o número não era lá muito ortodóxico ... Na verdade, o censo comum diz que é desaconselhável para homens héteros.
A menina era dura na queda e conseguiu que a mãe subisse na balança. Lógico que a mamis da garotinha tratou de largar a bolsa mega grande que carregava e os pacotes com alguns remédios. Tirou também o sapatinho e saiu em disparada:

- Nossa, acabei de comer...

Eita, foi a frase minimizadora de culpa pelo jantarzinho da nobre senhora, que não pareceia muito interessada em saber quantos "pesos" tinha (pelo menos não pós jantar). Foi quando veio a pérola da noche:

- Mãeeeeeeeeeee.... você tem muitos mais pesos que painho e euuuuuu!!!!

Moral da história: em caso de necessidade de ir à farmácia, deixe as crianças em casa ouuuuu não jante, por uma questão de prudência. Falei... menino é fogo!

Análise curricular? Só precisa de uma boa foto!

Tempos depois eis que volto! Um coisa e outra, sabe como é... Tô de vuelta! E na volta, a experiência estratosférica da vergonha!! Viji!!!

Fiz uma merda homérica semana passada. Pensei numa coisa e meus dedinhos ágeis apertaram em outra. Passei mal horrores, fisicamente mesmo. O que provocou isso tudo? Saca: abrimos seleção para estágio e recebemos dezenas de currículos. Uns bons.... outros nem tanto... Encerramos a seleção curricular e a meninada continuou enviando currículo. Eu, delicadamente, tive o cuidado de responder um por um explicando que a oportunidade de participar da seleção teria que ficar pra outra ocasião.

Entre um e outro que chegava e abria e enviava alguns pra uma colega que também estava prestes a abrir seleção. Eis que chega no meu email pessoal um currículo "diferenciado". Resolvi abrir e a foto do possível canditado chamou mais atenção do que o conteúdo curricular do rapaz. Não me perguntem nada sobre ele. Não faço ideia da instituição de ensino a qual o belo (gato pra caralho!) está ligado, nem me dei conta do ano de nascimento (deve ser bem novinho). Fiquei tão gaiza (termo usado pela minha generation) na hora que não agentei e tirei muita onda, lógico, e disse pra chefe. "Já temos o estagiário, esquece o resto". Rimos pacas e viajamos na foto do cara (no bom sentido, claro)!

 Tive a excelente ideia de mandar pra tal colega que também ia fazer seleção. Mas não podia nunca no planeta escrever um simples email dizendo "anexo segue mais um currículo para seleção". Rá! "Colega, segue currículo de um gato do caralho! Não precisa nem ler as especificações do cara. Se não servir pra vocês, a gente faz uma repescagem aqui!". Foi tudo muito rápido e a tabacuda aqui nem releu o texto. Apertei em "enviar" e segundos depois notei que não haiva digitado o endereço da colega. PQP!! Em vez de apertar em "encaminhar" cometi a genialidade de apertar em "RESPONDER"! Né lasca?! Tô até agora passando mal... Passei dois dias sem querer abrir meu email. Ainda bem que não foi o contrário. Eu realmente não teria me contido e teria respondido valendo ao email. Dias depois estava a resposta do rapaz: "obrigado pelos elogios... espero ter oportunidade em uma próxima seleção, mas até lá a gente se vê, né?". Até agora não tive coragem de responder... Achei melhor ignorar, apenas por medida de segurança, porque o cara é gato demais e eu certamente respoderia "né"! kakakakakakakakakakakaka

obs: virei alvo de tiração de onda de algumas alminhas que trabalham ou trabalharam comigo! cuidado, vale a dica: antes de enviar cheque o destinatário (ando pirada com isso!!) kakakakaka

terça-feira, 24 de maio de 2011

E daí, minha filha?

Como pode uma danadinha de tamanho mini bagunçar o coreto¿ Pode! Essa é Beatriz, a danada da Bia. Filha da minha prima Maytê, Bia é um toquinho de gente que no auge dos 4 anos de idade já está na fase de dizer o pensa sem a menor cerimônia ou constrangimento (pra desespero meu!). Ela e Sofia (caso a parte dessa história), vez por outra estão lá em casa no final da tarde. Outro dia cheguei e Bia estava mexendo nas fotos do meu mural.
- Bia... Paula já falou que não é pra mexer nas fotos do mural... Lembra?
- É eu sei...

A resposta veio acompanhada com uma carinha que dizia nas entrelinhas: e daí, minha filha?
Tratei de tirar ela de lá, fazer o bom e velho embromation e consegui que ela fosse brincar de outra coisa, dentro do meu quarto, claro!! A gente estava empilhando uns brinquedos e ela saiu com essa:
- Quem dorme nessa cama? (como se ela não soubesse...)

Olha a cara da bichinha... e a pose!
Arrasa, Bia!

- Mila que dorme aí. Tu não sabe?
- Nessa casa toda tu sabe de quem eu gosto mais?
Lascô..... eu já estava ouvindo a resposta antes dela falar!
- Não... de quem...? (medo!)
- Gosto mais de Camila!

Ahhh bicha sem vergonha!!!!! Fui devidamente retaliada por não ter deixado ela brincar com as fotos do mural (bem feito pra minha leseira!). Outra coisa que conta pontos pra Camila é o fato de ter convidado Bia pra ser daminha no casamento dela. Putz... quem mandou eu não casar e chamá-la pra ser minha daminha uhahahahahahahaha! Juro!!! Sou uma “tia” bacaninha. Mas, quem disse que ela é boba¿ Ainda mais nessa idade quando as antenas estão a todo vapor e em que é permitido dizer o que se quer, sem a menor cerimônia. Né, Bia?!!

O que me consola é que ela disse aos pais semanas atrás que apesar de gosta muito mais de Camila, ela gosta de mim (disse do jeitinho dela, mas disse). Valeu, Bia!!!! Paula gosta muitão de você! rs... Adoro essa bichinha sem vergonha! Hoje quando cheguei em casa ela veio toda derretida pedir pra eu dar banho nela. Cheia dos motivos: eu deixo ela ensaboar as paredes todinhas do box com uma esponja que fica guardada só pra isso...

domingo, 22 de maio de 2011

Se Açucena pode, eu posso

  
Real: rainha e rei da Pedra do Reino
Não, a moça da foto não sou eu!!

Semana que vem, numa cidade chamada São José do Belmonte, no Sertão Central (longe!!), acontece mais uma edição da Cavalgada da Pedra do Reino. A simpática cidade é a terra natal mainha e alguns tios e primos, de tudo quanto é grau, vivem por lá. Eu nunca compreendi direito essa história da cavalada, muito embora a primalhada toda faça parte do cortejo que sai da cidade todo ano em direção a pedra, que na verdade são duas enormes e ficam fora da cidade. Este ano cheguei a me programar a ir, mas estarei em Caruaru em viagem de trabalho. Massa, né?

Resumo da ópera (de maneira muito grosseira...): um grupo de religiosos viveu daquelas pedras e acreditava que Dom Sebastião ressurgiria dali como mágica. Dizem que nos pés daquelas pedras aconteceu o massacre de cerca de 50 pessoas, dentre mulheres, homens e crianças, em sacrifício a “vinda” do danado do Dom Sebastião, que “inté” hoje nunca no Brasil ressurgiu das cinzas! Ah, Bastião aí morreu em 1838 em batalha contra os mouros (queria que eles se tornassem a todo custo cristãos) e foi rei de Portugal. É por isso que na cavalgada há cavaleiros de vestimenta azul, representando os cristãos, e os de vermelho, que fazem as vezes dos mouros.


Eu no castelo (ainda em construção)

Uma semana todinha de festa culminando com o cortejo dos tais cavaleiros, um rei e uma rainha (devidamente paramentados num sol escaldante típico da região, pense!), além de uma ruma de “súditos”. Mas o melhor de tudo é que a cidade ganhou um castelo, um Castelo Armorial. Idealizado e construído por um primo meu, Clécio Novaes, o castelo está dividido em três pisos construídos numa área de 1.500m² bem na entrada da cidade. São salões imensos que retratam o cotidiano do sertanejo em cenas reproduzidas por bonecos traçando uma ligação entre o sertão e a história da Pedra do Reino. Caso ainda não tenham compreendido a ligação do parentesco eu explico: eu sou da realeza!! Realeza sertaneja, mas sou! Açucena não é lá em Brogodó? ? ? ? Por que eu não posso ser a condessa prima do rei dono do Castelo Armorial em Belmonte? ?


Castelo Armorial prontinho!


Na Semana Santa do ano passado estive lá com meus pais e minha irmã mais velha, Pretinha. O castelo estava em construção ainda, mas fizemos questão de ver por dentro o que Clécio estava arquitetando. Ao entrar naqueles salões e ver algumas das peças típicas do Movimento Armorial (cabras-aladas, serpentes, gaviões...) a gente tinha certeza de que se tratava de um sonho que já tomava forma e aos poucos deixava de povoar apenas a mente dele pra se tornar um memorial incrível da cultura pernambucana. Jabá: indo pras bandas de Salgueiro, vale dar uma passadinha pra conhecer o castelo cravado no meio do sertão!

sábado, 21 de maio de 2011

Coisas boas precisam de mim!!

Eu e Carlota durante viagem "auto-estima na estratosfera".
Uma semaninha não muito legal me redeu um papinho massa com uma pessoinha arretada! Carla é minha ex-professora na graduação de jornalismo (confesso: não entendia nada de diagramação, por isso as aulas não eram atrativas pra mim e comumente fazia cara de paisagem... não briga comigo, tia!!) e anos depois se tornou colega de trabalho. Acho que trabalhamos aqui na secretaria um ano e meio... dois anos... e foi uma época muito massa! Foi durante esse período que a pessoa aqui aprendeu minimamente alguma coisa sobre bom gosto em criação gráfica. A danada arrasa quando o assunto é leveza. Ah! Ela foi uma companheira e tanto na viagem pra Argentina. Voltamos com a auto-estima batendo na estratosfera!!! Bom, motivo do meu papinho com Carlota hoje à tarde? As news da semana. Assuntos de trabalho, algumas mudanças que me deixaram de orelha em pé, detalhes que são naturais do meio, mas que mexem com a gente.

Entre uma frase ou outra de ânimo ela disse assim: "Anninha, a gente precisa é de coisas boas"! Discordei na hora, no ato! Disse logo: "Carla, as coisas boas é que precisam da gente!". Disse isso por diversas razões. Por questões trabalhísticas, mas, principalmente, por questões do cuore e coisa e tal. É que quando a maré está braba os problemas brotam do chão com uma facilidade incrível e de quebra o juízo da gente trata de tacar uma lente de aumento em tudo (vai-te!). Estou cansando de ficar suspirando imaginando se agradei ou não. Tô cansando dos outros serem novidade pra mim. Quero mais é ser novidade na vida de alguém, mas tá lasca e de rosca esse dia chegar! Ainda ontem, falando sobre filmes, um colega de trabalho perguntou sobre os gêneros que costumo ver. Disse que gosto de todos os mentirosos, menos os romances e as comédias românticas. "Ué, Anna... você não acredita no amor?". Lascôoooooooooo!!!! Nesse caso sou igual a São Tomé, tenho que ver pra crer. Como nunca aconteceu pra mim, sou "obrigada" a achar que elfos existem sim e que lenda mesmo é esse treco que atende pela alcunha amor, parecendo ser pra uns e outros não. Acho que meu cupido é drogado ou alcoólatra (seria uma explicação razoável...).

Ainda no final de semana passado uma amiga da época de colégio fez um comentário semelhante ao meu pensamento. No meio de um forró massa (gente, Casa de Zé Nabo tá bombando!) ela disse assim: "Não sei mais o que fazer, Paula. Já fui fácil, já fui difícil e nada acontece!". Achei uma onda o jeito dela falar! Detalhe: o comentário foi de uma mulher linda, gente boa pacas, independente, animada e inteligente (certamente tem defeitos, como eu e você). Crise existencial ou não há coisas que sem fazer o menor esforço detonam a semana da gente. É por isso que eu preciso ser novidade e deixar de uma vez por todas de achar que tudo é novidade pra mim. Hummm tô pensando seriamente de dar uma passada em Buenos Aires e renovar meu estoque de "auto-estima na estratosfera". Coisas boas precisam de mim!