Fuxico...

Palavra de origem popular e muito comum pelas bandas de cá do Nordeste. Diz a lenda que mulheres no interior encostavam tamburetes no batente de casa para costurar e falar da vida alheia. Pronto, nascia ali o danado do fuxico: ato de falar do povo, fofocar e não raramente aumentar ou adornar histórias da vida real, entre outros sinônimos. E detalhe: o danado do fuxico é verbo e pode sim ser conjugado. Eu fuxico, tu fuxicas, ele fuxica... Nós fuxicamos. E quem não fuxica? Aqui no blog eu assumo a posição de "fuxiqueira". Mas que fique claro: a intenção não é nem de longe futricar a vida dos outros. A ideia é contar causos do meu universo particular, que, por vezes, rendem boas risadas e outras provocam reflexão. Lembrando que qualquer mote pode render uma boa história. Atendendo à pedidos de amigos queridos, agora sou "fuxiqueira" oficializada pelas ondas da web. Eita! Pegue aí seu tamburete que o fuxico já vai começar!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Sensuais e inocentes...


Ops!!
 Tem gente que acha isso um tanto sem graça. Mas muito sinceramente? Eu me amarro nas coisinhas de época com aquele ar retrô dos anos 40 e 50 e dedico especial atenção às  pin ups: garotas penduradas! Algumas palavras acabam norteando a simbologia daqueles encartes de cigarro e produtos de eletrodomésticos da época: elas beiravam o "ops! minha calcinha apareceu sem querer...". Sensuais e inocentes. Resumidamente era bem essa a proposta delas e tinham em Marylin Monroe um de seus símbolos. Ela cantando parabéns pra John Kennedy, quem não lembra da cena apesar de ter acontecido há décadas atrás? Imortalizada a "cantada" da atriz norte-americana e princesa dos olhos de muitos militares em plena segunda guerra mundial pelas TVs mundo à fora. Aliás, as pin ups eram sonho de consumo dos fardados e daí o nome garotas penduradas. Eles penduravam nas paredes e armários fotos, desenhos e encartes das beldades sexys que marcaram a época.

Completamente diferente das mulheres de 30 do século XXI, as pin ups só tinham a obrigação de serem gostosas de seios fartos e empinados (nada que o silicone não resolva nos tempos de hoje!), cintura pra lá de marcada e finéeeerrimaaaaa, pernas bem torneadas e sempre à mostra. No quesito maquiagem valia uma boca bem carnuda de batom vermelho e em quase todos os desenhos e fotos elas estão com a boquinha entreaberta, sorrindo ou fazendo biquinho. Quer mais sensual que isso? Bom, elas também arrasam no olhar pra lá de malicioso e nos modelitos! Ahhhh os modelitos! Alguns bem simples, outros sensuais e alguns beirando o fetiche, como no caso da roupinha de enfermeira (Aninha, isso não é apologia não, juro!!) e de marinheira. Mas elas não soavam ser vulgares, pelo menos não pra o ano de 2011! Um linha tênue entre o casual chique e as cintas-liga que dão um toque apimentado à imaginação de muitos as separam da vulgaridade. Tudo isso misturado a doses cavalares de feminilidade, sempre. Essa talvez seja a diferença básica entre ser sensual e vulgar. É... talvez seja uma explicação para o tema... rs! As pin ups abusavam dos detalhes e confesso que fiquei louquinha com a quantidade de informações que encontrei. Outra coisa: as unhas sempre bem feitas, por certo não lavavam louça!


Eu em casa colocando o
garrafão de água! Rá!!

As pin ups são originalmente norte-americanas e surgiram a partir de desenhos que depois foram copiadas por modelos e atrizes no melhor estilo fatal! O fato é que as pin ups ditaram moda e mais que isso, ditaram comportamento. Vestir-se como uma pin up era, no mínimo, uma afronta ao conservadorismo. Porque até então mulher era sinônimo de recato, palavra que nada tinha a ver com a postura adotada pelas danadinhas metidas em espartilhos e saltos altos nos encartes publicitários. Elas aspirarvam liberdade e eram facilmente associadas a alguém que estava  à frente do seu tempo, mulheres de vanguarda por assim dizer. A atriz Betty Grable e a modelo Bettie Page também encarnaram a pin up e arrasavam! Page não demorou muito e cansou de bancar a "inocente": passou a fotografar nua mesmo (a bicha continuou arrasando!). Os temas dos desenhos varivam de acordo com as temáticas: de donas de casas, passando por cenários praianos como nos filmes de Elvis Presley e chegando até a gracinha da Betty Boop (adoro aquela figurinha!!) retratando sempre situações cotidianas em fotos casuais. Tem de um tudo e elas ainda inspiram as pin up contemporâneas, como as cantoras Pitty e a Emy Winehouse (in memorian...).


Ratifico: fiquei doidinha com tudo que encontrei sobre o assunto que foi motivado por uma ida a uma lanchonete de nome idêntico: Pin Up (comi horrores!). Tão empolgada fiquei que muito seriamente estou pensando no carnaval do próximo ano. Claro... linda, provavelmente ainda gordinha, porém sexy e inocente no melhor estilo pin up! Já uma pessoinha queridérrima que estava comigo na lanchonete disse que a sua fantasia de pin up tava mais pra hamburguer! Rá!! Continuo empolgada... em breve outros textos com detalhes sobre as ninfas de ar inocente. Adorei esse universo retrô.
 



Marylin Monroe

Betty Grable

Bettie Page




Nenhum comentário:

Postar um comentário