Fuxico...

Palavra de origem popular e muito comum pelas bandas de cá do Nordeste. Diz a lenda que mulheres no interior encostavam tamburetes no batente de casa para costurar e falar da vida alheia. Pronto, nascia ali o danado do fuxico: ato de falar do povo, fofocar e não raramente aumentar ou adornar histórias da vida real, entre outros sinônimos. E detalhe: o danado do fuxico é verbo e pode sim ser conjugado. Eu fuxico, tu fuxicas, ele fuxica... Nós fuxicamos. E quem não fuxica? Aqui no blog eu assumo a posição de "fuxiqueira". Mas que fique claro: a intenção não é nem de longe futricar a vida dos outros. A ideia é contar causos do meu universo particular, que, por vezes, rendem boas risadas e outras provocam reflexão. Lembrando que qualquer mote pode render uma boa história. Atendendo à pedidos de amigos queridos, agora sou "fuxiqueira" oficializada pelas ondas da web. Eita! Pegue aí seu tamburete que o fuxico já vai começar!

sábado, 21 de maio de 2011

Coisas boas precisam de mim!!

Eu e Carlota durante viagem "auto-estima na estratosfera".
Uma semaninha não muito legal me redeu um papinho massa com uma pessoinha arretada! Carla é minha ex-professora na graduação de jornalismo (confesso: não entendia nada de diagramação, por isso as aulas não eram atrativas pra mim e comumente fazia cara de paisagem... não briga comigo, tia!!) e anos depois se tornou colega de trabalho. Acho que trabalhamos aqui na secretaria um ano e meio... dois anos... e foi uma época muito massa! Foi durante esse período que a pessoa aqui aprendeu minimamente alguma coisa sobre bom gosto em criação gráfica. A danada arrasa quando o assunto é leveza. Ah! Ela foi uma companheira e tanto na viagem pra Argentina. Voltamos com a auto-estima batendo na estratosfera!!! Bom, motivo do meu papinho com Carlota hoje à tarde? As news da semana. Assuntos de trabalho, algumas mudanças que me deixaram de orelha em pé, detalhes que são naturais do meio, mas que mexem com a gente.

Entre uma frase ou outra de ânimo ela disse assim: "Anninha, a gente precisa é de coisas boas"! Discordei na hora, no ato! Disse logo: "Carla, as coisas boas é que precisam da gente!". Disse isso por diversas razões. Por questões trabalhísticas, mas, principalmente, por questões do cuore e coisa e tal. É que quando a maré está braba os problemas brotam do chão com uma facilidade incrível e de quebra o juízo da gente trata de tacar uma lente de aumento em tudo (vai-te!). Estou cansando de ficar suspirando imaginando se agradei ou não. Tô cansando dos outros serem novidade pra mim. Quero mais é ser novidade na vida de alguém, mas tá lasca e de rosca esse dia chegar! Ainda ontem, falando sobre filmes, um colega de trabalho perguntou sobre os gêneros que costumo ver. Disse que gosto de todos os mentirosos, menos os romances e as comédias românticas. "Ué, Anna... você não acredita no amor?". Lascôoooooooooo!!!! Nesse caso sou igual a São Tomé, tenho que ver pra crer. Como nunca aconteceu pra mim, sou "obrigada" a achar que elfos existem sim e que lenda mesmo é esse treco que atende pela alcunha amor, parecendo ser pra uns e outros não. Acho que meu cupido é drogado ou alcoólatra (seria uma explicação razoável...).

Ainda no final de semana passado uma amiga da época de colégio fez um comentário semelhante ao meu pensamento. No meio de um forró massa (gente, Casa de Zé Nabo tá bombando!) ela disse assim: "Não sei mais o que fazer, Paula. Já fui fácil, já fui difícil e nada acontece!". Achei uma onda o jeito dela falar! Detalhe: o comentário foi de uma mulher linda, gente boa pacas, independente, animada e inteligente (certamente tem defeitos, como eu e você). Crise existencial ou não há coisas que sem fazer o menor esforço detonam a semana da gente. É por isso que eu preciso ser novidade e deixar de uma vez por todas de achar que tudo é novidade pra mim. Hummm tô pensando seriamente de dar uma passada em Buenos Aires e renovar meu estoque de "auto-estima na estratosfera". Coisas boas precisam de mim! 
 

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